Sumário
Introdução
Quando um novo anime é lançado com base em uma novel de sucesso, o hype é inovador. “The Beginning After the End”, adaptação da obra de TurtleMe, gerou exatamente essa expectativa. Mas, após o segundo episódio, a empolgação está sendo compensada pela frustração. A crítica que surgiu nos primeiros momentos de exibição só aumentou com a continuação da série.
A profundidade emocional falha ao entregar
Logo de cara, o episódio lida com um tema delicado: um massacre familiar. Mas o que poderia ser um momento marcante de drama se torna confuso. O protagonista Arthur parece reagir de forma incoerente, e a narrativa soa mais como uma obrigação do que uma construção emocional genuína.
Os espectadores se perguntam: ele realmente sente o que diz? Ou está apenas reproduzindo palavras impostas pelo enredo? A resposta parece ficar no ar. A cena, que deveria conectar emocionalmente o público ao dor do personagem, acaba sendo alvo de piadas e críticas, dando a impressão de que até os próprios roteiristas estavam perdidos.
Veja Também: ADEUS ROMANCE ESCOLAR? A censura Chinesa e seus efeitos nos animes
Animação: o maior vilão da série
Não tem como fugir: o que mais incomodou foi a animação. A crítica é unânime — a qualidade é baixa, e chega às habilidades da experiência do episódio inteiro. Um momento citado com ironia mostra um personagem ruivo correndo em linha reta com um simples efeito sonoro e linhas de velocidade, como se estivéssemos vendendo uma animação dos anos 90.
As comparações foram inevitáveis. “E se fosse animado pelo Studio Bind?”, perguntam os fãs, fazendo referência à aclamada produção de Mushoku Tensei . E para piorar, o episódio foi comparado até o Record of Ragnarok , conhecido por suas lutas “em slideshow”. Para muitos, o problema é tão grave que parece que o episódio inteiro foi produzido às pressas, em menos de uma semana.
Personagens perdidos em meio ao caos
A personalidade de personagens como Jasmine e Gilain não conseguiu dar fugas à trama. Mesmo em momentos de ação, o que mais chama atenção é o quanto tudo parece… raso. A direção de cena não destaca os conflitos, e as lutas, que deveriam ser o ponto alto, acaba se tornando fonte de piada.
A tentativa de fazer piadas com o universo de isekai também. Em vez de arrancar risadas, as falas acabam deslocadas. Até mesmo o desenvolvimento de Arthur é prejudicado, já que as cenas de treino e batalha não transmitem a força do personagem de forma crível.
Veja Também: Kaiju nº 8: Segunda temporada ganha arte inédita e estreia em julho de 2025
Ainda há esperança?
O que resta então? A história. Alguns fãs ainda acreditam que o enredo de The Beginning After the End pode valer a pena, especialmente para quem já acompanha. O ritmo parece acelerar algumas partes da trama original, o que pode atrair quem quer ver logo os grandes eventos da história.
Mas, para o público geral, a paciência não tem limite. Com tantos animes isekai disponíveis, e muitos deles com animações medianas pra cima, é difícil convencer alguém a acompanhar uma série visualmente pobre. A produção parece ignorar o fato de que, hoje, visual conta — e muito.
Conclusão
O segundo episódio de “The Beginning After the End” deixa claro que não basta ter uma boa história. Se a animação não acompanha, o público sente — e cobra. A série ainda pode ser recuperada, mas precisará de muito mais do que cortes estáticos e piadas fora do momento. A esperança é que, com o tempo (e talvez um novo estúdio), a adaptação consiga fazer jus à obra que conquistou tantos leitores.
Veja Também: Medaka Kuroiwa é Imune aos Meus Encantos: uma comédia romântica que tropeça no próprio charme