To Be Hero X – Episódio 21: Nutrindo Deus

O primeiro episódio do arco de Dragon Boy mergulha os fãs de To be Hero X em uma narrativa densa, que apresenta três personagens centrais e revela como seus poderes e motivações se entrelaçam em um jogo de poder, manipulação e violência psicológica.

Sumário

To Be Hero X – Episódio 21: Dragon Boy e sua força construída no ódio

Não surpreende que o foco inicial recaia sobre o próprio Dragon Boy. Seu poder lembra o do vilão Sebastian Shaw, dos X-Men, já que ele absorve energia cinética dos golpes recebidos e a transforma em força bruta. Por isso, atacá-lo fisicamente é um erro que muitos inimigos continuam a cometer.

O que torna Dragon Boy perigoso não é apenas a habilidade física, mas a estratégia por trás dela. Ele se molda para provocar o adversário: veste-se como um criminoso, fala de maneira rude e lança provocações que inflamam a raiva alheia. O objetivo é simples: forçar o inimigo a atacar primeiro e, assim, aumentar o próprio poder. Sem ser golpeado, no entanto, ele não passa de um homem comum.

Sua preparação é meticulosa. Em To Be Hero X Dragon Boy utiliza informações coletadas por Tio Rock para explorar segredos obscuros de seus alvos, garantindo que a fúria tome conta da batalha. A preocupação maior, porém, está nos planos de Tio Rock, que enxerga em Dragon Boy o potencial para se tornar o novo Zero, figura com poderes quase divinos. Mas há um risco evidente: Dragon Boy enxerga grande parte da humanidade como descartável, e sua ascensão poderia significar destruição em escala global.

Nice: um herói fabricado

Enquanto Dragon Boy é moldado pelo ódio e pela provocação, Nice é a personificação da manipulação midiática. Criado por Shand e sua empresa, ele não passa de um herói artificial, cuidadosamente planejado para encantar o público. Sua imagem, sua vida amorosa e até mesmo seus vilões foram produzidos para vender a ideia de um protetor perfeito.

Por trás dessa fachada, no entanto, está um instrumento de vingança. Shand jamais superou o assassinato de seu filho, Shang Chao, supostamente cometido por Tio Rock. Para se vingar, ele transforma Nice em uma arma: um herói destinado a enfrentar o E-Soul e, eventualmente, Dragon Boy. Assim, a disputa de poder ganha contornos ainda mais sombrios, com heróis servindo a propósitos pessoais e não ao bem comum.

Smile: o herói da velha guarda

O terceiro grande foco do episódio é Smile, veterano do Top 10 que representa a velha guarda da geração de heróis. Diferente da maioria, Smile é genuíno em sua busca por levar felicidade e esperança às pessoas. Não é o mais forte, mas sua presença transmite confiança, sendo respeitado tanto por colegas quanto pela população.

Smile tem problemas familiares como qualquer pessoa comum, mas seu amor pela filha mostra o lado humano de um herói que nunca perdeu a essência. É também o único a conhecer a identidade secreta de X, guardando esse segredo como prova de sua lealdade.

Infelizmente, em To Be Hero X, nada de bom permanece por muito tempo. Smile acaba se tornando o alvo perfeito dos planos de Shand e Tio Rock, já que sua eliminação abre espaço para Dragon Boy e Nice ascenderem ao Top 10. Sua queda é retratada como uma despedida melancólica, marcada por uma luta que deixa claro o contraste entre a bondade de Smile e a brutalidade de seus inimigos.

O peso da tragédia

O que parecia apenas uma disputa por ranking se transforma em um conflito de ideais, onde a manipulação, a vingança e a ambição ditam o futuro do mundo.

Essa estreia de arco deixa claro que o verdadeiro combate não será somente físico, mas também psicológico e moral. O público agora acompanha não só as batalhas de força, mas também a lenta e inevitável descida rumo à tragédia.

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