Sumário
O episódio da perspectiva de Little Johnny
O episódio 18 de To Be Hero X adota uma abordagem incomum: revisitar cenas já conhecidas sob o ponto de vista de Little Johnny. A narrativa é essencialmente uma repetição dos acontecimentos anteriores, agora com seus comentários, dúvidas e devaneios. Apesar de prometer aprofundar o personagem, o episódio se apoia demais em material reciclado.
Essa técnica pode funcionar quando bem executada, mas aqui falta avanço real. O ritmo desacelera, e a sensação é de pausa na trama. Ainda assim, os olhares de Johnny sobre a morte de Vortex e a força de Big Johnny oferecem alguma luz sobre a lógica interna desse universo bizarro.
Entre perdas e omissões
A morte de Vortex, mostrada sob a ótica de Johnny, continua impactante, mas levanta dúvidas sobre cronologia e coerência com episódios anteriores. Enquanto o público esperava esclarecimentos, o episódio apresenta mais perguntas do que respostas.
Adiciona-se a isso o estranhamento causado pelas contradições com o material promocional da série — o que era para ser o clímax de Johnny, na verdade, parece diluído. O tom emocional, embora presente, perde força em meio à repetição de cenas.
O verdadeiro poder de Big Johnny
A principal revelação fica por conta de Big Johnny: seu poder está em anular habilidades que se baseiam na confiança dos outros. Isso muda o jogo de forma sutil, especialmente quando Loli surge como uma exceção — alguém que confia nele e, por isso, mantém seus poderes ativos.
Essa dinâmica sugere que confiança e dúvida são as moedas desse mundo de super-heróis. Ao mesmo tempo que Big Johnny se torna uma ameaça formidável, também surge como ponto central para entender a mitologia do anime.
Intrigas maiores: DOS, FOMO e o jogo de Shand
O episódio toca em temas como manipulação corporativa e criação de vilões sob demanda. Shand, que parecia um coadjuvante excêntrico, revela-se peça essencial no plano de substituir a confiança por medo como nova fonte de poder.
Termos como FOMO (medo de ficar de fora) e DOS são usados com ironia para refletir as pressões do mundo real, em especial no mercado digital. A série deixa pistas de que o maior vilão talvez não seja um personagem, mas o sistema de valores corrompidos que alimenta o jogo dos heróis.
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