Sumário
Prólogo: O peso da alma em uma noite de chuva
O vigésimo episódio de Sword of the Demon Hunter é uma meditação silenciosa sobre natureza, redenção e memória. Sem batalhas explosivas ou cenários grandiosos, ele se passa em grande parte em um templo em ruínas, onde Jinya confronta seus demônios internos tanto quanto os externos. Sob uma chuva constante, somos levados a um mergulho na psique de personagens que não são totalmente humanos, mas são profundamente humanos em seus dilemas.

Confissões de um demônio: Jinya e Ofu no templo em ruínas
O coração do episódio é a conversa entre Jinya e Ofu. Amiga e demônio como ele, Ofu consegue romper as defesas de Jinya e extrair dele um raro momento de vulnerabilidade. Ele revela sua natureza autodestrutiva e contraditória, guiada não por lógica, mas por um impulso de morte. Ofu não tenta “curá-lo” nem o julga. Em vez disso, reconhece sua humanidade como algo que transcende explicação. A cena é poderosa por ser contida e emocionalmente sincera.
O legado de Hyoma e a aceitação do caos
Ofu surpreende ao comparar Jinya com seu pai humano, Hyoma, recentemente falecido. Ambos agiram de forma irracional, mas de suas escolhas nasceram coisas boas. Essa comparação é o reconhecimento de que viver com contradições não é uma falha, mas parte essencial da existência. O episódio poderia ter aproveitado melhor ao relembrar visualmente cenas do episódio 17, onde Jinya exultava ensanguentado, mas a mensagem ainda ressoa com força.

Sinais de redenção: Nomari, Miura e a filha adotiva
Nomari e Miura aparecem como testemunhos vivos da capacidade de Jinya de proteger e amar, apesar de sua natureza demoníaca. O momento mais tocante é quando ele, instintivamente, afaga os cabelos da filha adotiva. Mesmo com mãos monstruosas, o gesto carinhoso permanece o mesmo. É nesses detalhes que o anime encontra sua poesia: na permanência da ternura em meio ao caos.
Tsuchiura: o rival que também sangra
O episódio dedica espaço também ao rival Tsuchiura, revelando por meio de flashbacks que ele pode ter começado como humano. Aprendiz de um ferreiro demoníaco e ex-amante de uma mulher (talvez) humana, Tsuchiura ganha profundidade. Sua transformação física é quase cômica ao derrubar o chapéu com o crescimento repentino do chifre, mas o peso emocional do passado equilibra o tom. Ele não é apenas antagonista: é espelho.
Considerações finais: humanidade à beira da lâmina
Sword of the Demon Hunter entrega um episódio introspectivo e comovente. É menos sobre espadas e mais sobre feridas que não cicatrizam. Jinya não muda, mas se entende melhor. Os laços que constrói, com humanos e demônios, dizem mais sobre ele do que qualquer duelo. E enquanto a chuva continua a cair, o próximo confronto se aproxima com peso e expectativa.
Veja Também
- Clevatess – Episódios 8 e 9: Insetos, Prisões de Sangue e uma Heroína em Frangalhos
- Sakamoto Days – Episódio 18: Diretores Insanos, Paraquedas Improvisados e Um Novo Fôlego
- The Summer Hikaru Died – Episódio 8: Entre Fantasmas, Googles e Decapitações
Se curtiu a análise, comente, compartilhe e acompanhe o Instagram oficial e o X/Twitter oficial do Animes.com.br ✨