Shangri-La Frontier: final da segunda temporada divide opiniões e deixa pontas soltas

Você pode assistir na Crunchyroll.

A temporada termina, mas a história está longe de acabar

Shangri-La Frontier – final da segunda temporada chegou, e, sinceramente? Foi um daqueles episódios que fazem você encarar a tela com a sobrancelha arqueada, pensando: “é só isso mesmo?” Felizmente, a produção confirmou uma terceira temporada — porque se fosse só isso, muita gente estaria digitando tweets indignados até agora.

O episódio não apenas deixou vários fios narrativos soltos, como ainda teve a ousadia de jogar mais complicações no meio da bagunça. A série já vinha se enrolando com dois arcos simultâneos que mal se sustentavam sozinhos — e ao invés de amarrar algumas pontas, resolveram puxar mais uma. Parece que quanto mais o enredo cresce, menos espaço sobra pra respiração.

Jogo mental com tempo contado

No centro dessa confusão, está a tão aguardada partida de exibição. O protagonista Oikatzo, por conta de suas obrigações como jogador profissional, se afasta — mas deixa claro que ainda quer derrotar Sylvia. O problema? Agora a equipe precisa vencer de uma maneira específica, o que só adiciona pressão a um jogo que já estava pesado.

Arthur sugere uma jogada ousada: tentar vencer com um jogador a menos e, assim, prolongar as partidas o suficiente para Oikatzo voltar como rebatedor emergente. A ideia é criativa e até abre espaço pra lutas mais elaboradas, mas também dá aquela sensação de que o anime está esticando a corda só pra ter mais episódios.

A tensão não vem só do campo de batalha, mas da estrutura da própria narrativa. A série parece mais preocupada em manter a adrenalina do que em resolver as coisas com coesão. Isso gera um problema de ritmo que tem incomodado bastante gente.

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Personagens brilham mesmo no caos

Apesar da confusão narrativa, o episódio teve seus momentos de brilho — principalmente no quesito desenvolvimento de personagem. Arthur, por exemplo, transforma sua tentativa de esconder a identidade em um evento digno de cosplay de evento grande, garantindo boas risadas. Megumi também se destaca, com sua percepção de que talvez ela seja a mais “normal” da turma, o que rende momentos bem leves e divertidos.

Mas o coração do episódio foi, sem dúvida, a troca emocional entre Oikatzo, Arthur e Sunraku. O e-mail enviado por Oikatzo, perguntando por que os dois estavam dispostos a se sacrificar tanto por ele, adiciona uma camada humana à narrativa. E a resposta — meio sarcástica, meio sincera — mostra o valor da amizade entre eles. Afinal, amigo de verdade é aquele que te zoa, mas que tá do seu lado quando o bicho pega.

Rivalidade trocada e futuro incerto

Só que, em um plot twist inesperado, o tão aguardado confronto entre Oikatzo e Sylvia parece que vai ser adiado. Quem vai pra cima dela é Sunraku, o que quebra um pouco a expectativa que se construiu em torno da rivalidade principal. É claro que a luta promete ser insana, mas fica aquele gosto agridoce de ver um arco importante sendo empurrado pra depois — ou, pior, talvez nem volte.

Pra completar, ainda tem o limite de tempo do monstro marinho em Shangri-La Frontier, que adiciona mais um relógio narrativo correndo contra os protagonistas. Com tantos elementos simultâneos, o anime corre o risco de se perder em suas próprias tramas.

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O que esperar da próxima temporada?

A esperança é que a terceira temporada traga mais foco. O anime tem potencial, personagens carismáticos e um universo rico — mas precisa decidir que história quer contar. A estrutura atual, cheia de subtramas desconexas e decisões questionáveis, só confunde o público e atrapalha o impacto que certas cenas poderiam ter.

Talvez seja hora de fazer como Arthur e vestir um cosplay novo — um que represente mais organização e menos correria. Porque, no fim das contas, ninguém quer acompanhar uma história que parece improvisada a cada episódio. A próxima temporada tem tudo para recuperar a confiança dos fãs, mas pra isso, vai precisar mais do que só mais lutas e reviravoltas.

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