Sumário
Festival do Conselho Estudantil: quando a peça vira realidade
O episódio final de From Bureaucrat to Villainess De burocrata a vilãchega com a aguardada peça teatral do Festival do Campus, idealizada pelo Conselho Estudantil. E é aí que tudo começa a sair dos trilhos — ou a fazer mais sentido do que nunca. Grace, ainda presa à sua luta com a “fala plebeia”, tenta equilibrar o desafio de interpretar dois papéis opostos: um Príncipe e uma Camponesa. O problema? Sempre que ela tenta soar comum, a habilidade de Kenzaburo, o “Elegance Cheat”, entra em ação e transforma tudo em discurso nobre e excessivamente refinado.
Por sorte, Lucas, o personagem fada da peça, improvisa para suavizar a situação. Mesmo assim, a tensão paira, especialmente com a presença invisível (mas extremamente sentida) de Jacqueline, mãe de Grace e autora da peça — que, convenhamos, parece ter escrito cada fala como se já soubesse exatamente quem interpretaria cada papel. Coincidência? Nem um pouco.
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Jacqueline: a roteirista fantasma e os enigmas da peça
Jacqueline Auvergne, figura misteriosa citada várias vezes ao longo da série, finalmente dá as caras — ou quase isso. Sua presença no episódio é mais simbólica do que direta, com aparições que mantêm seu rosto parcialmente oculto. Ela escreveu a peça há 30 anos, mas o conteúdo parece dialogar diretamente com os personagens atuais e a própria trama do anime.
A peça encenada envolve a troca de corpos e mentes entre um nobre e um plebeu, o que espelha diretamente a situação entre Grace e Kenzaburo. A impressão que fica é de que Jacqueline sabe muito mais do que demonstra — e talvez esteja tentando, de forma indireta, restaurar algo ou alguém.

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Grace e Kenzaburo: troca de corpos e a mente presa no coma
Um dos grandes mistérios desse episódio é o estado mental de Grace. Aparentemente, sua consciência está presa no corpo em coma de Kenzaburo, algo sugerido pelas visões anteriores da personagem presa em uma gaiola e nas sequências oníricas que a série mostrou. Isso explicaria por que ela age de maneira tão confusa e por que suas falas saem distorcidas pela habilidade do protagonista.
Kenzaburo, por sua vez, começa a desconfiar das intenções de Jacqueline e do papel dela em toda essa história. A peça, afinal, não parece só uma homenagem teatral, mas uma tentativa velada de reconectar Grace ao seu verdadeiro eu — ou talvez, de desfazer uma magia que só o amor familiar pode romper.
Segredos, magia e o silêncio dos adultos
Há uma cena particularmente intrigante envolvendo o pai de Grace e a mãe de Anna. Os dois se reconhecem e trocam olhares e palavras que deixam claro: tem segredo no ar. Teorias surgem. E se Jacqueline e a mãe de Anna tivessem trocado de lugar no passado? Isso explicaria, por exemplo, a familiaridade da mãe de Anna com costumes nobres, além da conexão com o pai de Grace.
Outro elemento que adiciona camada ao mistério é o familiar brilhante de Jacqueline — uma fada mágica semelhante à de Lucas. Aparentemente, essa magia pode ser revertida pelo amor familiar. Isso talvez explique por que Jacqueline foge de Grace: um reencontro direto poderia desatar o nó da troca de corpos. Uma solução mágica, mas com um custo emocional alto demais.
Encerramento agridoce: humor, romance e um mundo sem respostas
Na cena final, durante os fogos de artifício do festival, Kenzaburo tenta se esconder de Anna, com medo de que ela siga a rota romântica errada — ou melhor, que se aproxime demais de Grace, agora que ela “imprimiu” emocionalmente nela. Ele espera controlar o roteiro do mundo em que está preso, mas o efeito acaba sendo o contrário. Grace se torna o centro das atenções de todos os personagens masculinos, em mais uma piada visual clássica da série — e ainda assim, eficaz.
É um fim divertido, mas com pontas soltas demais. Não sabemos por que Kenzaburo foi parar nesse mundo, nem o real papel de Jacqueline. As conexões familiares e a mecânica da magia também ficam apenas no subtexto. Nada disso é resolvido de fato.

Segunda temporada? Só nos nossos sonhos (por enquanto)
Até o momento, não há qualquer anúncio oficial de uma segunda temporada. E isso dói. From Bureaucrat to Villainess foi uma das joias escondidas do gênero isekai com vilã, trazendo uma proposta criativa, diálogos afiados e um humor que respeita a inteligência do espectador. A série segurou bem sua identidade até o fim, mas seria preciso uma expansão ousada da premissa para sustentar mais episódios. Para os fãs que querem mais, o mangá pode ser uma saída.