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Chegada à Netflix: estreia global marcada
Depois de um retorno marcante aos cinemas japoneses, o novo filme de The Rose of Versailles finalmente tem data para conquistar os streamings: 30 de abril. A Netflix será a responsável por essa distribuição global, disponibilizando o longa com legendas e dublagem em inglês — um movimento que abre as portas para uma nova geração de fãs e também para os nostálgicos que cresceram com a icônica Lady Oscar.
O trailer legendado já foi lançado pela plataforma, preparando o terreno para o revival desse clássico do shoujo histórico. A novidade vem acompanhada de uma dublagem estrelada por nomes conhecidos da indústria como Caitlin Glass, Megan Shipman e J. Michael Tatum.
Estreia nos cinemas e recepção inicial
O longa chegou primeiro aos cinemas japoneses em 31 de janeiro. Em seu primeiro fim de semana, arrecadou 108 milhões de ienes (cerca de 704 mil dólares), ficando em nono lugar no ranking nacional — uma performance sólida, considerando a forte concorrência do período.
Como bônus para os fãs, o mini-anime “Berubara Mini!” foi exibido junto ao filme com episódios inéditos lançados semanalmente, trazendo uma pitada de humor e leveza ao universo dramático da corte de Versalhes.
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Um elenco de respeito para um clássico inesquecível
A produção reúne vozes de peso tanto na versão japonesa quanto na ocidental. Miyuki Sawashiro dá vida à emblemática Oscar François de Jarjayes, enquanto Aya Hirano (famosa por Suzumiya Haruhi) interpreta Maria Antonieta. O triângulo de poder e sentimentos se completa com Toshiyuki Toyonaga como André Grandier.
Do lado técnico, o estúdio MAPPA ficou encarregado da animação sob a direção de Ai Yoshimura. O roteiro é assinado por Tomoko Konparu, que já trabalhou com diversos romances históricos. Já a música é um capítulo à parte: Hiroyuki Sawano, conhecido por Attack on Titan, compõe ao lado de Kohta Yamamoto. A faixa-tema “Versalhes” é interpretada por Ayaka e promete marcar os corações mais sensíveis.
Romance, política e drama em meio à Revolução Francesa
No centro da trama está Oscar, uma jovem criada como homem para herdar o posto militar de sua família nobre. Envolvida em conflitos internos, dilemas de gênero e tensões políticas, Oscar se vê entre o dever, o amor e a identidade. Ao seu redor giram figuras igualmente complexas: Maria Antonieta, recém-chegada da Áustria como futura rainha; André, amigo e confidente fiel; e Fersen, um conde sueco que abala o coração da monarquia.
Tudo isso se desenrola na efervescente Paris do final do século XVIII, com a Revolução batendo à porta. O roteiro mergulha em temas como desigualdade social, dever de classe e o papel da mulher em tempos de guerra — questões que continuam relevantes mesmo décadas após a publicação do mangá original.
Um legado que resiste ao tempo
Desde sua publicação original em 1972 por Riyoko Ikeda, The Rose of Versailles vem sendo constantemente revisitado em diferentes mídias. O anime de 1979-1980 foi um marco para o shoujo, ganhando remasterização em HD pela Discotek em 2021. Além disso, a obra inspirou musicais da lendária trupe Takarazuka desde os anos 70, curtas de paródia em Flash e até um game otome lançado pela Otomate em 2019.
A publicação do mangá em inglês também expandiu o alcance da obra. Desde 2019, a Udon Entertainment vem lançando edições omnibus e anunciou a licença para a série derivada The Rose of Versailles Episodes.
Conclusão
O retorno de The Rose of Versailles aos holofotes não é apenas uma homenagem ao passado, mas uma reafirmação de sua relevância cultural. A chegada do novo filme à Netflix com dublagem e legendas em inglês garante que mais pessoas possam descobrir — ou redescobrir — essa história de paixões, revoltas e coragem. Quem disse que clássicos envelhecem?