Nos anos 90, a franquia Fatal Fury era um dos pilares dos jogos de luta, ao lado de Street Fighter e Mortal Kombat. Após 26 anos de hiato, a SNK decidiu trazer a série de volta com um novo título: Fatal Fury: City of the Wolves. E não se trata apenas de uma homenagem nostálgica, mas sim de um jogo completo, que equilibra o respeito ao legado com inovações que o colocam no centro das atenções do gênero em 2025.
Sumário
Clássico e moderno na medida certa
O primeiro impacto vem pelo visual estilizado, que mistura o charme retrô com a potência da nova geração de consoles. A jogabilidade manteve intacta a base técnica de Garou: Mark of the Wolves, com sistemas como “braking”, “fintas”, “just defense” e “counter” totalmente presentes, agradando os veteranos. Por outro lado, novatos têm à disposição tutoriais abrangentes e um modo Smart, que simplifica a execução de comandos para facilitar a curva de aprendizado.
REV e S.P.G.: os diferenciais do sistema de luta em Fatal Fury
O sistema de REV é uma das maiores novidades. Inspirado pela barra de Drive de Street Fighter 6, o REV é um medidor que cresce conforme golpes especiais são executados. Quando atinge o “Overheat”, penaliza o jogador com limitações temporárias, forçando estratégia e gestão de recursos. Ao combiná-lo com o S.P.G. (Select Potential Gear), que ativa vantagens em três fases da barra de vida, temos a possibilidade de usar o devastador Rev Blow, ataque que funde ofensiva e defesa, inclusive com ativação aérea.
Riqueza de conteúdo para um jogador
City of the Wolves oferece dois modos principais: Arcade e Episódios de South Town. O Arcade apresenta sete lutas clássicas, com direito a ilustrações inéditas e chefes secretos. Já o modo Episódios funciona como um RPG leve, guiado por menus, mas com foco em expandir as narrativas dos personagens. Embora repetitivo no início, proporciona momentos emocionantes e revela detalhes que enriquecem o universo da franquia.
Participações polêmicas e nostalgia em alta
O elenco de Fatal Fury inicial traz 17 personagens, entre eles Terry e Rock Howard, Billy Kane, e novos nomes como Preecha. Uma surpresa é a inclusão de Cristiano Ronaldo, fruto de uma parceria da SNK com a Fundação MiSK, o que gerou controvérsias. Já o DJ Salvatore Ganacci representa o lado cômico do elenco, à la Dan Hibiki. A trilha sonora é outro destaque, com músicas novas e clássicas, incluindo faixas remixadas por DJs como Steve Aoki. A animação de abertura, produzida por Masami Obari, resgata o estilo dos anos 90 e fortalece o elo com os fãs de longa data.
Um encerramento de saga esperado por gerações
Para quem acompanha Fatal Fury desde os tempos do Neo Geo, City of the Wolves representa a conclusão de arcos narrativos iniciados há décadas. Finalmente descobrimos o destino de Rock Howard após seguir Kain, e testemunhamos o confronto simbólico com o legado de Geese Howard. Interações emocionantes, como a relação entre Rock e Billy, dão profundidade à narrativa e trazem de volta a atmosfera dos antigos Drama CDs.
Cena competitiva e futuro promissor
O jogo será parte oficial do EVO Japan, EVO USA e da Esports World Cup, com torneios que prometem prêmios milionários. Isso indica o compromisso da SNK em manter City of the Wolves relevante por anos. Além disso, a promessa de novos DLCs com personagens clássicos e crossovers garante longevidade e novidade constante para a comunidade.
Conclusão
Fatal Fury: City of the Wolves é mais do que um retorno. É uma celebração. Um jogo que respeita a memória de uma franquia lendária enquanto aponta para o futuro com coragem e identidade. Seja você um fã das antigas ou um novato curioso, esta é uma experiência que merece sua atenção. SNK, oficialmente, está de volta.