Sumário
Entre risadas e sustos: o humor continua essencial
No quarto episódio da segunda temporada de Call of the Night (Yofukashi no Uta), o clima noturno continua sendo palco para cenas que equilibram comédia e tensão. Ko e Nazuna se envolvem em uma “investigação” bem-humorada sobre quem está assustando Haru, o que dá espaço para piadas leves e interações cômicas entre os personagens.
A forma como a série injeta humor em situações que poderiam ser sombrias é parte do seu charme. Nazuna, com seu jeito despreocupado e atitudes imprevisíveis, continua sendo um dos pilares dessa atmosfera irreverente. Mesmo diante de assuntos mais sérios, a leveza nunca desaparece completamente.
Nazuna e Ko: química leve em meio ao caos
A relação entre Nazuna e Ko se desenvolve em pequenos momentos, e o episódio 4 oferece mais dessas interações. Desde provocações até conversas sutis, a química entre eles permanece o centro emocional da narrativa.
Ko segue tentando entender o que quer da vida (e da noite), enquanto Nazuna oferece um porto seguro caótico e divertido. Juntos, os dois criam uma energia que mistura romance, amizade e uma pitada de existencialismo adolescente. A cada episódio, essa conexão se fortalece sem precisar de grandes declarações.
Kabura em foco: quando o passado vem à tona
Mas o destaque verdadeiro do episódio está em Kabura, uma das vampiras mais misteriosas do grupo. Ao descobrir que ela já foi amante de Haru e também sua criadora, a trama abre espaço para um drama mais intenso e pessoal.
A abordagem sensível sobre depressão, relacionamentos abusivos e suicídio marca um tom inesperadamente sério. Ao usar o vampirismo como metáfora para a entrega e dependência emocional, Call of the Night alcança um novo nível de profundidade. E tudo isso sem soar forçado ou fora de lugar.
Vampirismo e identidade queer: metáfora poderosa
Kabura, ao contar sobre seu passado, mostra como o desejo de “viver pela outra pessoa” pode se tornar um fardo. Essa narrativa toca em questões de identidade, autonomia e desejo, muitas vezes ligadas a experiências queer de autoaceitação e dor emocional.
Call of the Night não explicita essas leituras, mas deixa espaço para interpretações. A fluidez entre emoções, sexualidade e vampirismo cria uma narrativa rica, onde cada personagem representa diferentes formas de lidar com o amor e a liberdade.
Direção, cores e “Losstime”: emoção em forma de arte
Visualmente, o episódio é uma obra-prima. A cena final ao som de “Losstime” do Creepy Nuts é intensa, com direção fluida, uso criativo de câmera e cores que alternam entre o calor do drama e o frio da madrugada.
Essa combinação de áudio e visual transforma uma cena de conversa em algo emocionalmente ressonante. É um exemplo claro de como a série sabe usar todos os seus recursos para amplificar o impacto de suas histórias.
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Call of the Night está disponível oficialmente em HiDive.
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