Black Butler: Arco da Bruxa Esmeralda

Introdução

Black Butler – episódio 3 – Sabe aqueles momentos em que você se perde em uma pesquisa? Pois é, quem nunca! Foi assim que uma investigação sobre danças renascentistas revelou detalhes preciosos para entender o enredo sombrio que se desenrola no “Arco da Bruxa Esmeralda” de Kuroshitsuji . Neste arco, a atmosfera densa e o mergulho psicológico nos personagens se intensificam, amarrando o presente a traumas do passado.

Obsessão pela dança e sua conexão com o cenário

Tudo começou com uma simples curiosidade: identificar a segunda dança mostrada no encerramento. A primeira é claramente uma valsa, perfeita para o ambiente vitoriano. Mas a segunda? Ela remete a um período ainda mais antigo, talvez ao Renascimento. As maiores suspeitas recuam sobre “La Volta” e “La Caccia d’Amore” — danças atléticas onde o cavaleiro ergue a dama, algo visível nas duplas Sieglinde/Wolfram e Ciel/Sebastian.
Esses detalhes visuais não são aleatórios: eles servem para ambiente ainda mais o espectador no estado de estagnação temporal em que Wolfsschlucht se encontra — uma vila presa em tempos antigos.

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Céu e a doença misteriosa

Enquanto o encerramento da dança entre épocas, no enredo principal as coisas são bem mais sérias para Ciel. Ele e Sebastian contraem a doença que investigavam. Os sintomas apresentados — cegueira, delírios, grandes vergões vermelhos — apontam para uma forma de sarampo. Mas aqui, há algo mais: a doença parece ter raízes sobrenaturais.

Sieglinde sugere que o mal pode se transformar infectado em criaturas como lobisomens. A conexão sobrenatural também explica como até Sebastian, um demônio, foi afetado — algo que nem ele esperava. Apesar de se recuperar rapidamente pela aparência, os sintomas indicam que a doença envelhece tanto no corpo quanto na mente, perturbando até mesmo seres não humanos.

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Laços com o passado e o tema da regressão

O que torna a situação ainda mais sinistra é a sensação de que a doença faz suas vítimas regredirem ao seu trauma mais profundo. Para Ciel, isso significa reviver seu aprisionamento e abusos passados ​​— um tormento que, na narrativa, dialoga com o próprio Wolfsschlucht, uma vila que vive presa à época das caçadas às bruxas alemãs.

A magia usada por Sieglinde, que invoca Urðr (a norma associada ao passado), reforça esse elo entre a doença e a compulsão pelo retorno aos momentos mais dolorosos da história pessoal e coletiva. É como se a floresta ao redor e a própria vila estivessem amaldiçoadas a repetir seus pesadelos.

Sebastian, Finny e a carga emocional

No meio do caos, pequenos gestos falam alto. Ciel só permite ser tocado por Finny, o mais jovem e inocente da equipe. A escolha mostra como Ciel se agarra a qualquer traço de pureza enquanto afunda na escuridão.

Já Sebastian, habituado a ser uma muralha invencível, sente uma angústia estranha por não conseguir proteger seu mestre. Um demônio não deveria sentir emoções humanas como preocupação, mas ele sente algo — ou será apenas outro sintoma da doença? A linha entre o natural e o sobrenatural fica cada vez mais borrada.

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Conclusão

Com o revelador dos acontecimentos, uma coisa é certa: Sebastian vai investigar essa doença até o fim. E se Sieglinde, Wolfram, Hildr, Grete ou Anne souberem de algo, Sebastian garantirá que a verdade venha à tona — de um jeito ou de outro.
Enquanto isso, o espectador é arrastado para um mundo onde o passado nunca está realmente enterrado, e onde as cicatrizes mais profundas podem se tornar portas para horrores inimagináveis.

Você pode assistir na Crunchyroll.

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