Call of the Night – Temporada 2, Episódio 8: Promessas de Sangue, Abandono e Cicatrizes da Noite

O oitavo episódio da segunda temporada de Call of the Night é, sem dúvida, o mais intenso e devastador até agora. Abandonando o ritmo mais contemplativo dos episódios anteriores, mergulhamos fundo no passado de Kyoko e Nazuna. A narrativa entrega uma dose de drama psicológico e horror simbólico que transforma o episódio em uma verdadeira peça de teatro emocional — envolvente, sombria e perturbadora.

Nazuna e Kyoko: entre sangue, promessas e abandono

A relação entre Nazuna e Kyoko sempre flertou com a tensão, mas este episódio expande as raízes desse vínculo. O flashback revela o início de uma amizade intensa, nascida de promessas feitas sob lua cheia e solidão.Kyoko, marcada por abandono e negligência, encontra em Nazuna uma âncora — mas também um espelho de sua própria escuridão. A promessa de vampirismo aqui ganha um peso emocional enorme, deixando claro que, para essas garotas, ser “para sempre” é tanto salvação quanto prisão.

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Vampirismo e desejo: metáfora ou provocação?

O episódio não poupa no simbolismo. A transformação em vampiro é carregada de erotismo, culpa e ambiguidade. Os quadros lentos, os olhos entreabertos e a respiração entrecortada falam mais que qualquer diálogo.É um momento que provoca: até que ponto o desejo de se transformar em algo “diferente” é sobre liberdade ou fuga? Call of the Night continua utilizando o vampirismo como metáfora potente — seja para identidade, sexualidade ou trauma.

O pai de Kyoko: traição, loucura e colapso familiar

A cena que marca o colapso emocional de Kyoko é brutal. Ao descobrir que seu pai abandonou a família por uma “nova vida” — e que nunca pretendeu retornar —, ela desaba.O momento é cru, doloroso e filmado com sensibilidade. A dor de Kyoko ressoa não apenas como drama adolescente, mas como trauma enraizado, somando mais uma camada à sua eventual decisão de virar caçadora. A traição paterna sela sua desconexão com o mundo humano.

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Direção, trilha e atuações: o clímax técnico da temporada

Do ponto de vista técnico, o episódio é um primor. A direção usa cortes suaves, silêncio absoluto e contrapontos musicais de forma magistral. A trilha sonora toca no ponto certo entre o melancólico e o opressivo.As atuações vocais, especialmente nos momentos de dor e confissão, são emocionantes. Destaque para a expressão de Kyoko nos quadros finais — olhos secos, voz embargada —, que dizem mais do que qualquer grito.

As cicatrizes da noite: quem sobrevive ao amor e à dor?

O episódio fecha com distanciamento. Kyoko e Nazuna, antes unidas por promessas, agora se encaram como figuras opostas: uma caçadora e uma criatura da noite.As feridas deixadas não são apenas físicas ou sobrenaturais — são marcas de uma juventude interrompida por escolhas impossíveis. Call of the Night reafirma sua proposta: na escuridão, há beleza, mas também dor. E nem todos saem ilesos.

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