Sword of the Demon Hunter – Episódio 17: Jinya ri ensanguentado após duelo mortal

Doçura paterna e sangue derramado

O episódio 17 de Sword of the Demon Hunter (Kijin Gentōshō) começa revelando a nova rotina de Jinya como pai adotivo de Nomari. Após os eventos emocionais do capítulo anterior, vemos o protagonista mais sereno e afetuoso, orientado por Ofu e seu pai. Mas essa calma não dura muito: Hatakayama aparece em seu restaurante favorito com uma missão estranha — caçar um demônio rebelde que deveria ser facilmente tratado pelas forças locais. A escolha de chamar Jinya indica que o problema é mais profundo do que parece, e essa transição abrupta da ternura à brutalidade marca o tom sombrio do episódio.

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O duelo na ponte e o samurai psicopata

O núcleo central do episódio é o confronto entre Jinya e o sádico Kiichi, um samurai que mata por prazer. O duelo acontece em uma ponte em Edo, à meia-noite, cercado por uma aura teatral que lembra tragédias clássicas. Kiichi representa o oposto do que Jinya vinha aprendendo: uma figura sem honra, que despreza vínculos emocionais. Mesmo derrotado, Jinya ri ensanguentado, tomado por uma exaltação sombria que surpreende o público. É uma virada de tom arriscada, mas carregada de impacto visual e filosófico.

Filosofia do caos: niilismo e guerra

Kiichi não é só um vilão estiloso — ele incorpora uma ideologia perversa: matar é seu propósito de vida. O mais assustador é que Jinya, ao invés de confrontar essa visão, parece aceitá-la por um instante. O episódio convida o espectador a refletir sobre o vazio existencial diante da violência. Há também uma camada histórica implícita: ao mencionar brevemente a província de Choshu, o anime sugere um paralelo com a transformação militar e política do Japão no fim do século XIX. Kiichi seria, então, uma antecipação do imperialismo brutal que viria depois.

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Flashforward polêmico e críticas ao roteiro

Se a narrativa até aqui era ousada, o final decepciona. Em um flashforward para 2009, descobrimos que Kiichi está vivo, virou gerente de supermercado (sim!) e é amigo de Jinya. O protagonista ainda declara respeitá-lo, minimizando o passado sangrento do antigo inimigo. Essa reviravolta, que poderia ser uma provocação narrativa profunda, soa como uma desculpa mal resolvida. Em vez de confrontar os temas levantados — redenção, trauma, moralidade — o anime parece desistir deles. O resultado é uma quebra de tom que dilui a força dos eventos anteriores.

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