Sumário
Episódio 16: Quando o constrangimento é parte do enredo
To Be Hero X segue firme em sua mistura de absurdos, crítica social e drama emocional. No episódio 16, o foco gira em torno de uma sequência hilária — e extremamente desconfortável — entre Loli, seu pai, Nuonuo e Ghostblade. Ghostblade, incapaz de se comunicar como um ser humano normal, acaba envolvido numa tentativa frustrada de “matchmaking” feita pelo pai de Loli. Tudo isso regado a silêncios constrangedores, piadas que causam vergonha alheia e muito desconforto.
Embora essa abordagem divida opiniões, faz sentido dentro da lógica da série. O constrangimento faz parte da identidade de To Be Hero X, e aqui ele ajuda a mostrar o quão danificadas são as relações entre pais e filhos nesse universo. Ao mesmo tempo, pavimenta o caminho para momentos mais profundos que vêm a seguir.
Relações familiares quebradas e conexões improváveis
O que começa com uma tentativa de humor se transforma em um retrato sincero de vínculos despedaçados. Loli criou sua própria armadura sem que o pai percebesse. Nuonuo cresceu sem o carinho do pai, que a observava de longe. E Johnnies, o mais trágico, perdeu os pais em um assassinato. São personagens diferentes, mas unidos por cicatrizes familiares semelhantes.
Essa camada emocional dá peso ao episódio, mostrando que To Be Hero X vai além das piadas desconfortáveis e da ação estilizada. Ao colocar personagens tão distintos para refletirem sobre traumas parecidos, a série humaniza até os heróis mais excêntricos e cria conexões emocionais inesperadas com o público.
O combate simbólico contra DJ Shindig
Após os conflitos emocionais, o episódio parte para um breve confronto físico entre Ghostblade e DJ Shindig — um ex-Herói X agora corrompido pelo poder do Medo. O embate, apesar de curto, é carregado de simbolismo. Shindig afirma estar mais forte com o Medo do que com a Confiança, mas Ghostblade o derrota com facilidade.
Essa cena reforça que os atuais top 5 heróis são muito mais poderosos do que os primeiros. Também sugere que Hero X — o atual número 1 — pode ser o mais poderoso da história. Até mesmo Lin Ling, atualmente em décimo lugar, já rivalizaria com heróis lendários. O confronto é menos sobre força e mais sobre o que define um herói de verdade.
Os ganchos para o arco final
O episódio não oferece um final feliz. Johnnies está emocionalmente abalado e desaparecido. Queen e Cyan partem em uma missão misteriosa que envolve um OVNI. Tudo indica que o próximo arco — focado nos Johnnies — trará respostas sobre o que levará Big Johnny a perder o controle.
Os últimos minutos do episódio plantam as sementes para um clímax explosivo. Com vários personagens fora de cena ou em risco, a tensão cresce. To Be Hero X parece se encaminhar para uma conclusão dramática onde cada peça movida até aqui terá seu papel.
Como To Be Hero X subverte clichês de super-heróis
Mais do que ação e piadas, To Be Hero X é uma desconstrução do gênero de super-heróis. Ao invés de figuras idealizadas, temos personagens quebrados, inseguros e profundamente humanos. As lutas são menos sobre poder e mais sobre identidade, traumas e dilemas morais.
Episódios como esse provam que o anime não tem medo de desconstruir suas próprias fórmulas. Comédia, vergonha alheia, crítica e emoção convivem lado a lado — e o resultado é uma obra única, que merece ser acompanhada até o fim.
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Fonte: Anime News NetworkTo Be Hero X está disponível oficialmente em Crunchyroll.
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